segunda-feira, 20 de agosto de 2018

Resenha: Cinder & Ella - Kelly Oram

Sinopse: Faz quase um ano que Ella Rodriguez, 18, esteve em um acidente de carro que a deixou aleijada, com cicatrizes e sem a mãe. Após uma recuperação difícil, foi obrigada a atravessar o país para viver com o pai que a abandonou quando criança. Se ela quiser escapar dele e sua horrível família adotiva, precisa convencer os doutores que é capaz, física e emocionalmente, de viver só. O problema é que ela ainda não está pronta. O único modo de se curar é se reconectar com a única pessoa no mundo que significa algo para ela: seu melhor amigo anônimo, Cinder. Brian Oliver é a sensação de Hollywood, tem a fama de sempre causar problemas. Existem muitos rumores sobre sua participação no filme O príncipe druída, seus assessores dizem que o único modo de passar de adolescente sedutor para ator da lista A é mostrar que seus dias de selvageria ficaram para trás e que agora amadureceu. Para aplacar os comentários sobre a reputação de bad-boy, seu assessor arranja um casamento falso com a coadjuvante Kaylee. Ele não está animado, mas ele fará qualquer coisa para conseguir sua nomeação ao oscar. Até que o e-mail de uma antiga amiga da internet muda tudo.

Esse livro é simplemente incríveeellll! Eu definitivamente acho que esteja numa boa fase de escolha de livros para ler, porque olha....

No ultimo post eu falei sobre um livro que eu tinha lido recentemente e achei muito bom, mas esse supera. Sério!



Ella é uma jovem que passa por inúmeros traumas e complicações na vida, o pai a abandonou e depois da morte da sua mãe, ela terá que ficar sobre os cuidados desse homem. Sendo que eles estão há nove anos separados e mal se conhecem!




O foco da história é realmente a vida de Ella, mas isso não teve problema algum. Os pontos ficaram bem conectados e não me deixaram com a sensação de "Hã? O que é que tá acontecendo?"




Uma coisa que eu percebi é que o livro faz uma alusão ao conto da cinderela, mas também com outras histórias ao decorrer dela. Além disso, é perceptível a construção da personagem, junto com seus medos, coragens e vontade de viver. Ele é um romance leve, mas de muito aprendizado (eu amo livros assim).


É serio, vocês precisam ler esse livro. 



Boa leitura,

Cameron

domingo, 12 de agosto de 2018

Dangerous to Know and Love - Jane Harvey-Berrick

Sinopse: "O silêncio é apenas superficial. Daniel Colton, de dezenove anos de idade, é o cara que todas as meninas querem namorar, e o homem que todos os caras querem ser. Mal-humorado, fechado e com um temperamento explosivo, ele também é bonito, tatuado de maneiras deliciosas, com um piercing na sobrancelha e cabelo preto espetado.
Há rumores de que ele tem piercings em outros lugares também. Ele é realmente louco, mau e perigoso de se conhecer? Daniel mora com seu irmão mais velho, Zef, e sua casa é a central das festas. Você quer drogas, um bom tempo, licor, sem perguntas? Colton é o lugar para ir. Quando Daniel e a boa menina Lisanne Maclaine têm que trabalhar juntos em uma tarefa, Lisanne descobre que há muito mais por trás da reputação de bad boy. Ele é inteligente, engraçado e uma boa companhia. E então ela descobre seu segredo, por que ele se fecha para todo mundo, e é tão determinado a manter as pessoas sempre a um braço de distância. Mas ser a pessoa a manter seus segredos é mais difícil do que ela jamais imaginou..."



PARAAAA TUDO!

Eu sei que estou um tempo sem postar nada aqui, mas depois desse post vocês vão me perdoar! Hahaha

Sabe aquele livro que aparece do nada quando você precisa de algo pra desopilar a mente depois de uma semana/mês agitado? Dangerous to Know and Love é, definitivamente, O LIVRO. O título está em inglês porque nenhuma obra da autora foi traduzida para nosso idioma ainda, o que eu espero realmente que mude logo, porque depois desse livro Jane Harvey-Berrick ganhou uma leitora assídua. 

Eu li esse livro recentemente e devorei em alguns dias. Sim, DIAS, porque o e-book que li tinha mais de 800 páginas. É, minha amiga, ser viciada em livros não é fácil.

E por falar em vício, esse livro aborda questões delicadas relacionadas à drogas, relacionamentos e amor. Eu não quero dar spoiler, mas vocês PRECISAM ler esse livro. Então, como de costume, vou deixar um trechinho aqui para despertar um pouquinho da curiosidade de vocês. 

"Quando Lisanne tropeçou na sala de aula com Kirsty agarrada a seu braço, já havia um número de alunos espalhados por toda a sala. Era muito cedo no semestre para muitos grupinhos terem sido formados, mas algumas meninas estavam sentadas em grupos confortáveis, rindo nervosamente. Os meninos eram muito legais para isso, e sentaram-se em glorioso isolamento.
Lisanne lançou um olhar sobre os exemplos variados de pessoas. A maioria parecia na média, como ela, vestidos de jeans e camisa, mas havia um cara que estava usando uma camisa de botão e gravata. Chocante! Lisanne fez uma aposta com ela mesma que ele tinha uma cópia do Wall Street Journal em sua mochila. Ela só estava surpresa por ele não estar carregando uma maleta. Por que diabos ela tinha concordado em ter aulas de 'Introdução aos Negócios 101'? Oh sim, porque seus pais não pensavam que especialização em música levaria qualquer grande oportunidade de carreira.

A resposta de sua nova companheira de quarto tinha sido para olhar para o lado positivo.

— Isso é péssimo - Kirsty disse. — Mas, você nunca sabe, pode conhecer um cara bonito que vai passar a ser o próximo Mark Zuckerberg.

— O que, baixo, com mau gosto para roupas?

Kirsty riu. — Não, bobinha: brilhante e podre de rico!

Lisanne suspirou.

— Ei, Lis! Coloque sua cabeça no jogo!

Sua cabeça se levantou, afastando o Sr. Big Time, e sua expressão apurou quando Kirsty piscou para ela e tirou seus sapatos.

— Estou surpresa por você poder andar nesses. - oh certo, você não pode.

Kirsty levantou as sobrancelhas. — Olá! São Manolos! Eles foram feitos para serem vistos - não para serem confortáveis de andar.

— Claro. Boba eu.

Kirsty riu. — Sim, tanto faz. Ok, falando sério – com qual desses caras você se conectaria? — Seus braços varreram para indicar todos na sala de aula. Lisanne riu. 

— Nenhum deles para nada disso.

— Não? Você não acha que o cara com a camisa vermelha é bonito?

Lisanne esticou o pescoço. 

— Ele está bem, eu acho. Não é realmente o meu tipo.

— Qual é o seu tipo? —Kirsty perguntou, curiosamente. Todos os homens bonitos eram do tipo de Kirsty.

Lisanne encolheu os ombros. A verdade era que ela não tinha namorado muito na escola. Ok, ela nunca fez isso, a menos que ela contasse o baile e o fiasco do não encontro. Como o não encontro
poderia ser um desastre completo permaneceu um mistério para ela, mas tinha sido uma das piores e mais humilhantes noites de sua vida, envolvendo vômito - de outra pessoa - e... Não, ela não queria pensar sobre isso. Isso definitivamente não contava.

— Vamos lá, Lis — Disse Kirsty, encorajando. — E aquele cara que você estava conversando no Facebook na noite passada?

— Rodney? Não, ele é apenas um amigo de escola.

— Então ele não é...?

— Ugh, não! Eu o conheço desde o jardim de infância - seria apenas... Estranho.

— Então você está disponível?

Lisanne estava muito disponível. Ela só não tinha visto ninguém que gostava dessa maneira.

— Bem, diga-me o que você está procurando - no caso, você sabe.

— Oh, eu não sei: alguém diferente. Alguém...

— Como ele? — Disse Kirsty, balançando a cabeça para o cara que tinha acabado de entrar.

Ele era bem diferente. Na verdade, Lisanne tinha certeza de que ele entrou na sala de aula errada por engano. De jeito nenhum alguém como ele estava tomando a aula de Introdução aos Negócios.

Todos os olhares, masculinos e femininos, giraram em sua direção quando ele passeou na sala de aula olhando como se fosse dono dela. Ele caiu em um assento na segunda fila, escorrendo arrogância, tirando seus óculos Ray Ban enquanto fazia isso. Ele era alto e magro, com cabelo preto curto, espetado. Ele tirou a jaqueta de couro, e até mesmo a essa distância Lisanne podia ver que ele tinha costas largas e braços fortes, musculosos com redemoinhos de tatuagens vermelha, dourada e preta descendo deles. Ele virou-se para examinar o salão atrás dele, e Lisanne não pôde deixar de notar um pequeno anel de prata perfurando sua sobrancelha esquerda.

Sem falar com uma alma ou fazer contato visual com ninguém, ele jogou o casaco sobre uma cadeira e sua mochila para o outro lado. Certamente havia uma lei que todas as crianças legais sentavam na
fileira de trás? Mas não, não ele. Lisanne sentiu suas sobrancelhas reunirem em uma carranca.

— Ugh, não, eu não suporto caras como esse — Ela disse. — Todo emo, e pensando que são melhores que todos os outros.

— Sim, mas ele é atraente — Disse Kirsty, lambendo os lábios.

— Esse garoto é bonito. Eu vou descobrir quem ele é.

— Definitivamente não é meu tipo — Lisanne disse, com uma nota de finalidade.
Professor Walden marchou na sala e imediatamente a conversa leve acalmou, e todos começaram a puxar os cadernos e laptops, prontos para tomarem notas. Todos, exceto o cara com anel na sobrancelha. Ele não se mexeu. Ele nem sequer pegou um bloco de notas para rabiscar.
Lisanne se sentiu exageradamente irritada com ele. Seus pais pagaram um bom dinheiro para ela frequentar a faculdade, e perdedores como esse cara iam apenas para passeio. Lisanne não aguentava pessoas assim - pessoas que eram falsas.

Ela percebeu que já havia passado tempo demais olhando para o 'cara Anel na Sobrancelha' e a aula tinha começado. Mas de vez em quando, seus olhos eram atraídos de volta para ele. Ela meio que esperava que ele adormecesse, ou brincasse com seu iPod, mas seus olhos estavam treinados no Professor Walden, mal piscando durante todos os 50 minutos. Foi estranho. Talvez ele estivesse chapado? Mesmo que fosse apenas nove horas da manhã, parecia a resposta mais provável.

No final da palestra, Sr. Big Time fez várias perguntas, e até puxou a cópia do Wall Street Journal para ilustrar seu ponto de vista. Lisanne deu-se um balanço de punho interno: ela se orgulhava de ler
bem as pessoas.

Quando a sala de aula começou a esvaziar, ela não pôde deixar de notar que o cara Anel na Sobrancelha não falou com ninguém, ainda sem fazer contato visual com qualquer das pessoas que compartilharam sua classe. E ele estava usando seus óculos de sol novamente. Do lado de dentro. Que idiota.

Porém, ela tinha que admitir que Kirsty estava certa sobre uma coisa: ele era um idiota bonito. Seu cabelo era tão preto que era quase azul, e sua pele clara carregava um bronzeado dourado. Pelo que
tinha visto em seus olhos, eles eram de uma cor avelã claro, emoldurados por longos cílios sobre as maçãs do rosto, lábios perfeitos e carnudos beijáveis. Beijáveis? Onde estava a verdadeira Lisanne Maclaine, e quem no inferno estava tendo esses pensamentos?
Com uma irritação, visando a injustiça do mundo onde pessoas bonitas podem ficar longe de serem idiotas, Lisanne foi direto para as salas de prática para seu um-a-um1 com seu professor de violino. Enquanto ela se apressava em todo o caminho, ela não podia deixar de se perguntar por que um menino tão bonito gostaria de profanar o que Deus lhe tinha dado, cobrindo seu corpo com tatuagens, e empurrando um pedaço de metal por meio de sua sobrancelha. Na verdade, ela tinha as orelhas furadas, mas isso era diferente. Obviamente. Ela realmente não entendia por que as meninas da escola estavam tão em cima de caras tatuados. 

Lisanne simplesmente não via o ponto, e ela certamente não tinha a intenção de obter uma para si mesma. Isso só pareceria estranho quando ela tivesse quarenta anos. Ela suspirou, perguntando-se por que tinha nascido tão malditamente sensata."

Boa leitura,
Cameron.

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